quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dicas para travessias

Nesse fim de semana começa o Circuito Costa da Mata Atlântica tendo como primeira etapa a praia de Santos/SP.

O blog encontrou um texto escrito por David de Castro, ex-nadador olímpico, vencedor de inúmeras travessias e provas de piscina, que pode ajudar você a se sair melhor na prova.

O texto encontra-se no Blog do Esporte da TV Tribuna.

A preparação e o estilo das Maratonas Aquáticas.
Por: David Castro (Ex-nadador Olímpico)

Amigos,

Existem vários fatores que colaboram para que os atletas consigam fazer uma boa travessia. Cuidar da alimentação, montar uma boa estratégia, fazer uma preparação antes da competição, e analisar os adversários são tarefas que cabem ao competidor. Já condição da maré, clima, e torcida são fatores que fogem ao atleta, mas que podem alterar o resultado de uma maratona.

Voltando um pouco no tempo, acredito que a década de 1980 marcou uma transição entre o glamour das travessias dos anos 1960 e 1970 e a época do merchandising e da tecnologia, que começou nos meados dos anos 1990.

A minha primeira grande experiência em travessias foi em Ubatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo, em 1986. Considero essa prova uma das últimas travessias tradicionais do Estado. O circuito de Ubatuba ficou muito tempo fora do calendário mas, quando voltou, muitos atletas, de várias partes do Brasil, fizeram questão de participar.

Tinha consciência de que seria uma competição difícil. Tecnicamente, eu estava em ascensão no cenário nacional, me posicionando entre os cinco melhores nadadores de fundo do Brasil. Em Ubatuba, iria encontrar atletas do mesmo nível, só que mais experientes. Por isso, era meu dever estar bem preparado fisicamente e psicologicamente, já que os atletas do Flamengo, do Rio de Janeiro, eram os mais cotados para vencer.

Foi uma disputa difícil. No começo da prova, a água ficava nas proximidades do joelho. No percurso, percorríamos um quadrado até voltar a praia. O vencedor era aquele que levantasse primeiro e seguisse correndo pela praia. Como havia muitas ondas, consegui deslizar por uma delas e me aproximar rapidamente. Na época, não havia os arcos de chegada, como atualmente, o que tornava tudo mais complicado.

A técnica não é o fator mais importante em uma travessia. Na piscina, temos dimensão exata do lugar onde estamos, ao contrário do mar aberto, onde é impossível observar o fundo. O posicionamento no mar é feito pelo próprio atleta, levantando a cabeça e olhando para a frente ou sendo orientado por um guia.

Antigamente, a Maratona Aquática não agradava os técnicos, já que a mudança no estilo acabava comprometendo o desempenho dos atletas nas piscinas. Por isso, éramos obrigados a saber diferenciar os dois estilos para continuarmos com um bom desempenho em ambos.

Amanhã tem mais! Deixe seu comentário!

Abraços

Um comentário:

Designer disse...

Falou falou e não falou nada de mais....